Imagem com uma computador no canto esquerdo mostrando a alta e queda das ações da Bolsa de Valores e no canto direito uma parte em azul claro escrito: Bolsa de Valores: como funciona e como investir?

Bolsa de Valores: como funciona e como investir?

A maioria das pessoas ainda encara a Bolsa de Valores como algo muito distante e caro. Mas, será que é mesmo? Cada dia que passa, ela se populariza mais, seja porque um conhecido começou a investir ou porque apareceu nos jornais uma notícia sobre a queda ou alta das ações. Afinal, o que é a Bolsa de Valores, como funciona e como investir?

Pensando nisso, preparamos um conteúdo para você tirar todas as suas dúvidas e começar a investir, acompanhe!

O que é a Bolsa de Valores?

A Bolsa de Valores é um  ambiente de negociações para quem pretende vender e quem pretende comprar títulos e ações, ou seja, ela é uma espécie de ponto de encontro seguro no qual os investidores podem negociar títulos e ações de empresas com capitais públicos, mistos e privados.

O objetivo principal da Bolsa, além de realizar as transações de ações e títulos, é proporcionar um ambiente seguro e prático para que as negociações dos acionistas aconteçam de forma eficiente e rápida. Além disso, tem um papel fundamental no momento em que uma empresa decide abrir seu capital, ao gerir as vendas e compras de ações.

Como ela funciona? 

Antigamente, a Bolsa de Valores funcionava dentro de escritórios barulhentos e cheios de funcionários que atendiam e faziam ligações apressadas. Essa visão encontrada em filmes que mostram como era a Bolsa de Nova York, em Wall Street, na década de 20, por exemplo, não existe mais na prática.

Agora, a Bolsa funciona em ambiente totalmente digital, de forma ainda mais rápida e também calma.

Além disso, em um primeiro momento, é preciso entender que o funcionamento da Bolsa de Valores se divide entre dois tipos de processos, ou “ambientes”, aquele que é do Mercado Primário e outro que é do Secundário.

O Mercado Primário é quando uma empresa disponibiliza pela primeira vez suas ações  para venda. Ela realiza, então, a captação de seus recursos para fazer a sua Oferta Pública Inicial (sigla em inglês: IPO) dentro da Bolsa. É nesse momento que os compradores investem de forma mais direta na empresa, comprando “partes” (ações) maiores da mesma.

O Mercado Secundário, porém, é quando a compra acontece de forma meio “indireta”. No momento que não há mais ações para serem compradas diretamente com a companhia, resta, então, tentar negociar com os acionistas. A negociação é feita entre os investidores nesse momento.

Assim, após ocorrer a venda ou compra, em qualquer um dos mercados (primário: diretamente com a empresa, secundário: diretamente com os acionistas), essa aplicação de investimento é documentada, e os papéis ficam sob tutela da Bolsa. 

O que posso fazer sendo acionista?

Bom, isso depende do tipo de ação que você pretende comprar. As ações chamadas de Ações Ordinárias dão ao investidor o direito ao voto e participações nas operações da empresa. Agora, se você tem um tipo de ação chamada Preferencial, terá o recebimento dos dividendos e juros pagos pela companhia.

Contudo, o que mais motiva as pessoas a investirem na Bolsa de Valores é comprar ações apenas para vender depois. Parece um pouco contraditório, mas não é. O maior objetivo dos investidores dentro da Bolsa de Valores é conseguir lucrar com suas ações.

Eles compram para, depois, venderem por um preço maior do que pagaram. Isso só é possível por conta da queda e da alta das ações do mercado.

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Índices da Bolsa de Valores

Para visualizar melhor como funciona a queda ou a alta das ações, é preciso conhecer os índices da Bolsa de Valores. Eles que vão indicar se as ações estão caindo ou não.

A Bolsa brasileira, chamada de B3 (antiga Bovespa), possui um índice principal que indica a movimentação das ações, chamado Ibovespa. Ele é uma espécie de “termômetro” das principais ações da Bolsa de Valores brasileira.

Quando você ouve que a Bolsa caiu X%, na verdade está ouvindo que o Ibovespa caiu X%. Por ser o índice de referência da B3, e ser composto pelas ações mais negociadas, ele indica as oscilações.

Em resumo, se as ações mais negociadas estão caindo (Ibovespa),  a tendência é que as outras caiam também (Bolsa de Valores), se estiverem subindo, seguem a mesma lógica.

Aliás, esse movimento da Bolsa é determinado por fatores internos do mercado, e das empresas e, também, muitas vezes, por fatores externos como a geopolítica do país, a economia mundial e as notícias a respeito das grandes companhias.

É por isso, por exemplo, que em março de 2020 aconteceram diversas pautas nas negociações da Bolsa, em todo o mundo. Até porque, nesse momento, acontecia o começo da pandemia da covid-19 e, assim, as mudanças e os acontecimentos, como a queda do preço do petróleo e o isolamento social, influenciaram nas oscilações das ações.  

Como investir?

Primeiro, você precisa conhecer mais a fundo alguns pontos da Bolsa de Valores como: os horários das negociações, saber quanto investir, conhecer as vantagens e desvantagens de investir na Bolsa de Valores.

Além dos pontos mencionados, é preciso estudos profundos de mercado, os quais   você pode adquirir com muita cautela e tempo. Até porque é necessário um olhar crítico e aguçado sobre o mercado financeiro para saber quando vender e quando comprar.

Investir na Bolsa requer prática e tempo. A maior ilusão dos investidores que acabaram de começar é a pressa para ficar muito rico sem estudos de mercado e prática nas vendas e compras de ações.

A Bolsa de Valores trabalha com renda variável, então, a alegria de hoje pode ser a tristeza de amanhã, as mudanças estão sempre acontecendo. 

Horários de negociações: Pregão Regular

Se você é novo no mercado acionário, não deve conhecer o Pregão Regular. Esse é o nome do horário de funcionamento das negociações de ações dentro da Bolsa de Valores.

No caso da B3, o Pregão Regular começa às 10h da manhã e vai até às 17h da tarde, no horário de Brasília. Esse tempo é das negociações em si, sem contar os momentos de pré-abertura e o after market. 

  1. Leilão de Pré- abertura (9h45-10h): as ofertas podem começar, não podem ser canceladas, porém as transações não são concretizadas. 
  2. Negociações (10h-17h): ao coletar as ofertas feitas 15min antes da abertura, a Bolsa de Valores faz uma média dos preços das ofertas para estabelecer o valor de abertura dos ativos; começam as negociações e confirmações;
  3. Call de Fechamento (16h55-17h): acontece um leilão para fechar o valor dos preços dos ativos;
  4. After Market (17h25-18h): cancelamentos de ofertas que não foram concretizadas; negociações com várias restrições; 

Começando a investir…

Para entrar no mercado de ações, primeiro é preciso abrir uma conta em banco ou corretora, transferir o dinheiro que deseja aplicar e começar as negociações. As transações são feitas pela plataforma digital Home Broker.

Após isso, a questão a ser pensada é o quanto investir. Não há um valor mínimo para investir na Bolsa. Pode-se, por exemplo, começar com menos de cem reais no mercado fracionário – compra de uma ou duas ações apenas, ao invés de um lote completo com 100 ações, por exemplo.

Por outro lado, recomenda-se fazer uma reserva de emergência com uma quantia significativa antes de começar a investir no mercado acionário. Já que o risco de perda é maior, por ele ser um investimento de alto risco.

Agora, para definir o quanto investir, é interessante fazer uma conta dos seus gastos e ganhos e ver o quanto do seu recebimento seria bom aplicar, isso vai variar do perfil de cada pessoa e seus objetivos com as aplicações.

Depois disso, é preciso ficar atento às taxas cobradas em cada negociação, para que elas não consumam boa parte de seu investimento. Por fim, é recomendado usar uma reserva para aplicar na Bolsa de Valores.

Isso porque os investimentos na Bolsa podem demorar para dar o retorno esperado ou os valores de ganhos podem virar perdas do dia pra noite, devido a volatilidade do mercado de ações. 

Quais as vantagens de investir na Bolsa de Valores?

O ato de investir na Bolsa de Valores traz, consigo, muitas vantagens para o empreendedor. A primeira delas, e talvez mais importante, seja a possibilidade de grandes ganhos e rendas, já que a Bolsa opera com renda variável.

Assim, a alta variação do preço das ações, em um curto período de tempo, permite que o investimento gere ganhos muito maiores em menos tempo se comparados aos investimento de renda fixa, por exemplo.

Além disso, existem os proventos, parte dos lucros do negócio, que são repassados para os acionistas. Com isso, o lucro não vem só das negociações durante o Pregão Regular, mas, também, da posse das ações. 

Há outras vantagens como por exemplo: 

  1. Rentabilidade: cenário de juros baixos no Brasil;
  2. Acessibilidade: não precisa de muito dinheiro para começar a investir;
  3. Oportunidade: ser sócio de uma empresa;

E as desvantagens?

Por outro lado, há sim as desvantagens de investir na bolsa. O primeiro deles é o alto risco. Por ser de caráter variável, e com mercado muito volátil, os investimentos na Bolsa de Valores podem acarretar em grandes prejuízos para os investidores se as ações caem.

Por isso é muito importante estudar e conhecer a fundo o mercado, seus negócios, negociações e até futuras ações, para estar preparado e conhecer o seu perfil de risco.

Agora que você já entende sobre o mercado de ações, aproveite para deixar as obrigações contábeis da sua empresa com a Contabilivre! Simplificamos tudo para você poder focar no desenvolvimento da sua empresa.